O Brasil é um gigante quando o assunto é exportação de commodities, desde o café até a soja, passando pelo açúcar e minério de ferro – como já detalhamos no post passado. Mas temos também investido em tecnologia, manufaturados e serviços.
O cenário é atualmente muito positivo – com alta nas exportações e leve baixa nas importações – e registrou, em janeiro e fevereiro de 2024, mais de US$ 46 bilhões em exportações e U$ 35 bilhões em importações.
Pactos comerciais
Antes de apresentar dados, vale lembrar que, num cenário global altamente competitivo e com grandes players, participar de acordos comerciais faz toda a diferença.
Criado em 1991, o Mercosul não somente fortaleceu nossos laços com outros países sul-americanos, como também deu ao Brasil acesso privilegiado a novos mercados. Somados os países participantes, o Mercosul equivale à quinta maior economia mundial (PIB de mais de US$ 2,7 trilhões) e as trocas comerciais internas no bloco cresceram 12 vezes desde o início do acordo. O Brasil responde por aproximadamente 72% do PIB do bloco e nossas exportações e saldo da balança comercial no interior do bloco aumentam todos os anos.
Os Brics não são um grupo econômico formal, mas uma parceria iniciada em 2006 entre cinco economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Somados, esses países respondem por 23% do PIB global e 18% do comércio internacional Brics. Destaca-se a relação com a China, hoje nosso maior parceiro comercial, com valores ultrapassando a casa dos US$ 100 bilhões em exportação brasileira.
Em 2023, novos países – Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã – foram convidados para fazer parte do grupo. A situação atual é de aproximação, com promessa de ganho de relevância no mercado mundial e grandes negócios em 2024.
Nossos maiores parceiros
A China é, hoje, o maior parceiro comercial do Brasil, tanto em exportação (responde sozinha por 30,3% das exportações brasileiras) quanto em importação (21,2% das importações brasileiras vêm de lá). Para alimentar a indústria, o país tem grande necessidades de matérias-primas, como minério de ferro e soja.
Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar, com 10,5% das nossas exportações e 21,2% das importações. Para lá, enviamos commodities como café e produtos como suco de laranja, e importamos tecnologia e máquinas para abastecer nossa indústria.
A Argentina, nosso vizinho estratégico e maior parceiro no Mercosul, também mantém conosco uma relação de troca intensa (5,69% das exportações e 4,93% das importações), especialmente no agronegócio.
Completam a lista países como Alemanha, Rússia, Países Baixos e Singapura. Com a chegada de novos parceiros ao Brics, existe uma perspectiva de aumento de comércio com países árabes e do norte da África.
Desafios e Oportunidades
Nem tudo são flores no mundo do comércio internacional. Enfrentamos desafios constantes, como questões tarifárias que podem encarecer nossos produtos lá fora, além de desafios logísticos que afetam nossa capacidade de competir em tempo e custo.
Também não podemos ignorar as preocupações sanitárias, que muitas vezes se tornam barreiras não-tarifárias para nossas exportações. A pandemia de Covid-19 trouxe queda, entre 2019 e 2020, de 6,9% das exportações e 10,4% das importações, além de ter esgotado insumos importados, o que praticamente paralisou certos setores industriais brasileiros durante algum tempo.
E, infelizmente, enfrentamos ainda situações de guerra que trazem, além das inestimáveis perdas humanas, consequências para o comércio e as economias. A guerra na Ucrânia, por exemplo, impactou severamente o fornecimento de fertilizantes – já que a Rússia é o maior produtor e fornecedor global –, gerando aumentos na casa de 20% a 30% no preço desses insumos e por consequência, causando aumento de custo em toda a cadeia agrícola, do produtor ao consumidor final.
Perspectivas e Tendências: O Futuro do Comércio Exterior Brasileiro
Olhando para o futuro, vemos um horizonte promissor para nosso comércio exterior. O agronegócio continua sendo o destaque, com grandes volumes produzidos e exportados. A indústria automotiva também segue em ascensão, com o surgimento de tecnologias verdes e inovações. Também os commodities da mineração e os produtos siderúrgicos seguem como peça-chave na construção de um mundo em constante evolução.
Observando os dados, fica claro que os países parceiros e os acordos comerciais desempenham um papel fundamental no comércio brasileiro. Além de impulsionar as exportações, esses tratados abrem novos mercados e fortalecem nossa posição no cenário internacional. Dados divulgados nas últimas semanas revelaram que o Brasil fechou 2022 de volta ao grupo das 10 maiores economias do mundo.
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