O Brasil é um dos grandes negociadores mundiais, com grandes volumes de exportação e importação e relações com praticamente todos os países do mundo. Mas ainda há muito o que explorar, já que, apesar de sermos a 13ª economia do mundo, ocupamos um modesto 38º lugar em exportações.
Neste post, queremos apresentar um pouco desse mundo e, quem sabe, trazer ideias para você que pensa em abrir seu negócio para o promissor mercado exterior.
Antes de tudo, alguns conceitos básicos
Antes de passarmos a dados e números, vale lembrar alguns conceitos, caso alguém não esteja familiarizado.
Exportar é quando vendemos produtos para outros países, enquanto importar é quando compramos produtos vindos de outros países. Essas transações comerciais são fundamentais para o desenvolvimento econômico do Brasil, pois geram receita e possibilitam o acesso a produtos que não são produzidos aqui.
Ao falar de balança comercial, basta imaginar uma grande balança de dois pratos, que mede as trocas comerciais entre o Brasil e outros países. Num dos lados, está o que vendemos, do outro, o que compramos, e a balança pende para o mais pesado. Quando exportamos mais do que importamos, temos um superávit, condição favorável para a economia. Já quando importamos mais do que exportamos, temos um déficit, e isso pode impactar negativamente nossa economia.
Exportações e importações brasileiras
As exportações impulsionam o crescimento, geram empregos e fortalecem a posição do Brasil no mercado global. Além disso, vender produtos brasileiros para fora do país promove a diversificação da economia, estimula a competitividade das empresas nacionais e contribui para a estabilidade financeira, permitindo investimentos em infraestrutura, educação e desenvolvimento social.
Entre os produtos exportados, podemos destacar:
• Soja: o Brasil é um gigante na produção do vegetal – que movimenta não apenas o setor agrícola, mas outros como maquinário, logística e transportes – e boa parte dessa produção é exportada para diversos países, especialmente China e Estados Unidos.
• Minério de ferro: com ricas reservas minerais, somos o segundo maior exportador do mundo, sendo a China o principal destino.
• Petróleo: somos também produtores e fornecedores do chamado ouro negro, principalmente para Estados Unidos, China e Índia. Vale destacar que, muito além da simples extração, a indústria do petróleo envolve o desenvolvimento e transferência de tecnologia de ponta. A produção nacional é de um petróleo mais denso e mais barato e normalmente é utilizado para fabricar asfalto no exterior.
• Celulose: o Brasil se destaca na exportação de celulose e mantém vastas plantações de eucalipto. As vendas se dão para países como China, Estados Unidos e Europa.
• Carne bovina: o churrasco brasileiro é famoso até no exterior, e nossa carne bovina – bem como a de aves – é exportada para diversos países, como China, Hong Kong e Arábia Saudita.
No outro prato da balança, os principais produtos importados pelo Brasil são:
• Petróleo: sim, além de exportarmos, também importamos petróleo para suprir parte de nossa demanda interna, principalmente de países como Estados Unidos e Arábia Saudita. O nosso país importa um tipo de petróleo mais leve e adequado para a tecnologia existente nas refinarias brasileiras.
• Veículos automotores: com uma indústria automobilística em expansão, o Brasil importa uma grande quantidade de peças e matérias-primas, especialmente de países como Argentina, México e China.
• Medicamentos: a demanda por medicamentos importados é alta no Brasil, com destaque para os produtos provenientes de Estados Unidos, Alemanha e Índia.
• Equipamentos eletrônicos: quem nunca viu um “made in China” embaixo de um eletrônico? O Brasil importa uma grande variedade de equipamentos eletrônicos, principalmente da China, Estados Unidos e México.
• Fertilizantes: para impulsionar nossa agricultura, importamos uma quantidade significativa de fertilizantes, com destaque para os produtos vindos da Rússia, China e Estados Unidos.
Algumas curiosidades!
Foi somente em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa, que o Brasil pode abrir seus portos e ingressar no comércio exterior. Antes disso, como colônia, podíamos negociar apenas com Portugal.
O chamado Ciclo da Borracha, quando a Revolução Industrial criou demandas enormes de látex e o Brasil tornou-se o maior produtor mundial, aconteceu entre 1880 e 1910 e causou uma explosão de população na região amazônica. Gerou tanta riqueza que o Brasil comprou o território do Acre, que até então pertencia à Bolívia.
Atualmente, o comércio Brasil-China movimenta 1 bilhão de dólares a cada 60 horas.
Com quem fazemos negócios?
Atualmente o principal destino das exportações brasileiras é a China, que é um comprador de commodities como soja, minério de ferro e petróleo. Além disso, os Estados Unidos são um parceiro importante e de longa data, importando produtos agrícolas, como carne bovina e aves, além de produtos manufaturados.
Participação dos maiores compradores de exportações brasileiras:
• China (30,3% das exportações)
• Estados Unidos (10,5%)
• Argentina (5,69%)
• Países Baixos (3,48%)
• Singapura (2,64%)
Entre os países de quem mais importamos, destaca-se também a China, fornecendo uma grande variedade de produtos manufaturados, como eletrônicos, têxteis e brinquedos. Os Estados Unidos vendem para nós em especial equipamentos eletrônicos, maquinário e produtos químicos.
O Brasil também importa significativamente da Argentina, especialmente produtos alimentícios, como carne bovina e grãos.
Esta é a participação dos nossos maiores fornecedores de importação:
• China (21,2% das importações)
• Estados Unidos (16,4%)
• Alemanha (5,59%)
• Argentina (4,93%)
• Rússia (3,38%)
Vale a pena saber mais
Essas transações comerciais não são apenas números. Elas têm um impacto direto em nossa economia, influenciando desde o preço dos produtos no mercado interno até o crescimento do país.
Vale a pena analisar as informações a fundo, pois o comércio exterior pode trazer muitas oportunidades de investimento.
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