O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) é um indicador econômico que mede a variação dos preços na economia brasileira, abrangendo desde matérias-primas até bens e serviços finais.
No post de hoje queremos apresentar o IGPM, explicando sua importância, cálculo, finalidade, impacto na economia e nas pessoas, além de fornecer informações sobre seu histórico e o acumulado do ano de 2024.
O que é o IGPM?
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) é um indicador econômico criado em 1940 e calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Ele mede a variação dos preços na economia brasileira, abrangendo diferentes setores da economia, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.
A principal finalidade do IGPM é servir como um indicador de inflação, ajudando a ajustar valores monetários em contratos de longo prazo. Ele é utilizado para corrigir preços e tarifas, garantindo que os valores se mantenham atualizados conforme a inflação.
Popularmente conhecido como a “inflação do aluguel”, o IGPM é amplamente utilizado para reajustar contratos de locação de imóveis. Logicamente, o índice é utilizado também para o reajuste periódico de outros tipos de contato, como tarifas públicas e planos de saúde.
Por isso, o IGPM afeta diretamente a economia e as pessoas.
Como é calculado?
O cálculo do IGPM é feito com base na média ponderada de três outros índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Cada um desses índices tem um peso específico na composição do IGPM.
Quando o IGPM sobe, os custos para consumidores e empresas também aumentam, impactando o poder de compra e a rentabilidade dos negócios.
Até setembro de 2024, o IGPM acumulou uma alta de 2,64%, refletindo as variações, em média, nos preços ao longo do ano. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 4,26%.
O maior Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) registrado no Brasil foi em 2002, quando o índice acumulou uma alta de 25,31% ao longo do ano.
Quais fatores influenciam o IGPM?
Diversos fatores internos e externos influenciam o IGPM, incluindo variações nos preços das matérias-primas, mudanças na oferta e demanda de produtos e serviços, além de políticas econômicas e eventos climáticos que afetam a produção agrícola.
1. Oferta e demanda: mudanças na oferta e demanda de bens e serviços podem causar variações nos preços. Por exemplo, uma alta demanda por um produto com oferta limitada tende a aumentar seu preço.
2. Custo das matérias-primas: flutuações nos preços das matérias-primas, como petróleo, metais e produtos agrícolas, afetam diretamente os custos de produção e, consequentemente, os preços finais.
3. Taxa de câmbio: variações na taxa de câmbio podem influenciar os preços dos produtos importados e exportados. Uma moeda mais fraca pode aumentar os custos de importação, elevando os preços internos.
4. Políticas governamentais: medidas como impostos, subsídios e regulamentações podem impactar os preços. Por exemplo, um aumento nos impostos sobre combustíveis pode elevar os custos de transporte e, por consequência, os preços dos produtos.
5. Condições climáticas: eventos climáticos extremos, como secas ou enchentes, podem afetar a produção agrícola, alterando a oferta e os preços dos alimentos.
6. Custos de produção: mudanças nos custos de mão de obra, energia e transporte também influenciam os preços dos produtos e serviços.
7. Inflação global: a inflação em outros países pode afetar os preços domésticos, especialmente em economias globalizadas onde há grande dependência de importações e exportações.
8. Expectativas do mercado: as expectativas dos consumidores e produtores sobre a inflação futura podem influenciar os preços atuais. Se todos esperam que os preços subam, é provável que ajustem seus preços e salários para se antecipar a essa inflação.
Existe IGPM em outros países?
Muitos países possuem índices similares ao IGPM para medir a inflação e a variação de preços.
1. Estados Unidos: o índice equivalente é o Producer Price Index (PPI), que mede a variação dos preços recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços.
2. Reino Unido: o Retail Price Index (RPI) é um índice que mede a variação dos preços de uma cesta de bens e serviços adquiridos pelos consumidores.
3. Zona do Euro: o Harmonized Index of Consumer Prices (HICP) é utilizado para medir a inflação de forma harmonizada entre os países membros da União Europeia.
4. Alemanha: o Verbraucher Preis Index (VPI) é o índice de preços ao consumidor, similar ao IPC no Brasil.
5. Japão: o Corporate Goods Price Index (CGPI) mede a variação dos preços dos bens transacionados entre empresas.
6. China: não existe um índice exatamente igual ao IGPM, mas há índices similares que medem a variação dos preços. Os principais são: o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI).
7. Argentina: o índice equivalente ao IGPM é o Índice de Preços Internos ao Por Mayor (IPIM), que mede a variação dos preços no atacado. Além disso, a Argentina utiliza o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para medir a inflação ao nível do consumidor, similar ao IPC no Brasil.
Esses índices, assim como o IGPM no Brasil, são fundamentais para ajustar contratos, políticas econômicas e entender a dinâmica dos preços na economia.
Em resumo
O IGPM é um indicador fundamental para a economia brasileira e influencia diversos aspectos da vida financeira das pessoas e das empresas.
O índice é calculado levando em média três outros índices e reflete, em linhas gerais, a alta ou a baixa nos preços dos produtos no Brasil. Por isso, é utilizado como parâmetro para o reajuste periódicos de contratos de longo prazo, como aluguéis e planos de saúde.
Outros países adotam índices semelhantes, e também os utilizam para calcular inflação e reajustes.
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