Dias atrás, apresentamos o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores no Brasil. No post de hoje, queremos apresentar o S&P 500, considerado o principal indicador das ações de companhias de grande porte dos Estados Unidos.
O que é e como funciona
O Standard & Poor’s 500 foi criado em 1957 com o objetivo de representar a performance da economia norte-americana ao longo do tempo. Atualmente, este índice pode ser considerado o maior do mundo e é referência no mercado de renda variável. O índice é tão importante que serve como parâmetro de classificação de risco de crédito internacional.
O desempenho do S&P 500 depende diretamente dos resultados das empresas que o compõem, todas de capital aberto e listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e na Nasdaq.
O índice reflete aproximadamente 80% da cobertura de capitalização de mercado de ações dos Estados Unidos e é medido num sistema de pontos, assim como o Ibovespa. Quando o índice sobe ou desce, portanto, reflete as mudanças nos preços das ações das empresas componentes.
Em junho de 2024, por exemplo, o índice entrou o mês na casa dos 5.300 pontos e finalizou com leve alta, numa média de 5.400.
Após um 2022 difícil, o S&P 500 fechou 2023 com uma alta de surpreendentes 24%.
Em 2024, somente o primeiro trimestre já registrou alta de 10,16% impulsionado pelo otimismo em relação às ações de Inteligência Artificial e à expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve.
Em termos de valores, sua capitalização total de mercado está na casa dos US$ 31,9 trilhões.
Quais empresa compõem o S&P 500?
O S&P 500 reúne atualmente cerca de 505 empresas de capital aberto, todas domiciliadas nos Estados Unidos. Essas empresas são selecionadas com base em sua liquidez, tamanho e setor. O índice é reequilibrado trimestralmente, nos meses de março, junho, setembro e dezembro. Os nomes são muito conhecidos e reúnem gigantes como:
· Apple (AAPL)
· Microsoft (MSFT)
· Amazon (AMZN)
· Alphabet (Google) – Classes A (GOOGL) e C (GOOG)
· Tesla (TSLA)
· Berkshire Hathaway (BRK.B)
· UnitedHealth Group (UNH)
· Johnson & Johnson (JNJ)
· Nvidia (NVDA)
· Meta Platforms (Facebook) – Classe A (META).
O S&P 500 é composto por empresas de diversos setores, e alguns deles têm maior representatividade no índice. De acordo com a S&P Dow Jones Indices, a distribuição percentual dos setores no S&P 500 é a seguinte:
1. Tecnologia da Informação: 28,9%
2. Setor Financeiro: 13%
3. Saúde: 12,6%
4. Consumidor Discricionário: 10,9%
5. Indústria: 8,8%
6. Comunicação: 8,6%
7. Bens de Consumo: 6,2%
8. Energia: 3,9%
9. Imobiliário: 2,5%
10. Materiais: 2,4%
11. Utilitários: 2,3%.
Qual é o critério para inclusão de empresas?
A seleção das empresas que compõem o S&P 500 é realizada por um comitê que leva em consideração alguns critérios em relação à empresa escolhida, como:
· Ter ações free float (disponíveis para qualquer tipo de investidores) negociadas no mercado.
· Estar sediada nos EUA.
· Ter valor mínimo de US$ 5,3 bilhões (dado de 2023).
· Apresentar resultados positivos em seus balanços financeiros por quatro trimestres consecutivos.
· Estar no mercado há mais de seis meses, negociando US$ 250 mil a cada mês.
É importante notar que a inclusão no S&P 500 não garante que a empresa permanecerá no índice indefinidamente. O comitê se reúne a cada 3 meses e, caso uma companhia não atenda mais aos critérios estabelecidos, ela pode ser removida e substituída por outra.
Como investir no S&P 500?
Investir no S&P 500, o maior índice de ações do mundo, é possível mesmo estando no Brasil. Vale a pena considerá-lo como opção, tendo em vista as últimas altas e a economia geral dos EUA, que continua entregando bons números.
Algumas das maneiras, além de comprar diretamente as ações das empresas componentes, são os fundos de índices (ETFs, da sigla em inglês) e os Certificados de Operações Estruturadas (COE).
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