O termo “nômade digital” surgiu nos anos 1990, com o avanço da tecnologia e a popularização da internet, permitindo que profissionais trabalhem remotamente de qualquer lugar do mundo.
A pandemia de Covid-19 acelerou o processo, já que as empresas passaram a adotar – e viram que a ideia funciona – o trabalho remoto para preservar a saúde de seus colaboradores.
Ser um nômade digital significa não ter um local fixo de trabalho, utilizando a internet para realizar suas atividades profissionais enquanto viaja e explora diferentes culturas e lugares. Vamos explorar mais esse estilo de vida!
Cinco características de um nômade digital:
Flexibilidade: capacidade de adaptar-se a diferentes fusos horários e ambientes de trabalho.
Autonomia: habilidade de gerenciar seu próprio tempo e tarefas sem supervisão direta.
Curiosidade: desejo constante de explorar novos lugares e culturas.
Resiliência: capacidade de lidar com imprevistos e desafios de forma positiva.
Proatividade: iniciativa para buscar novas oportunidades e resolver problemas de forma independente.
Quais as áreas mais comuns de trabalho para esse tipo de pessoa?
Os nômades digitais atuam em diversas áreas, mas algumas naturalmente possibilitam o trabalho remoto com mais facilidade, como:
Tecnologia da Informação (TI): programadores, desenvolvedores de software e analistas de sistemas.
Marketing digital: especialistas em SEO, gerentes de mídias sociais e criadores de conteúdo.
Design e criação de imagens: designers gráficos, web designers, ilustradores, fotógrafos e editores de vídeo.
Redação e tradução: redatores, copywriters e tradutores.
Consultoria: Consultores de negócios, coaches e mentores.
Prós e contras
Ser nômade digital traz muitas vantagens muito tentadoras para quem quer fugir de uma rotina repetitiva:
Liberdade geográfica: a vantagem mais óbvia é poder viajar constantemente, com a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar do mundo.
Flexibilidade de horários: autonomia para definir seus próprios horários de trabalho.
Crescimento pessoal: oportunidade de conhecer novas culturas e aprender novos idiomas.
Qualidade de vida: Possibilidade de escolher locais com melhor qualidade de vida e menor custo.
Networking global: esse estilo de vida possibilita o contato com profissionais de diversas partes do mundo, e novas oportunidades podem surgir dessas relações.
Mas nem tudo é um mar de rosas: nômades digitais também enfrentam desafios, e é preciso estar consciente dos problemas com que você pode se encontrar:
Solidão: muitas pessoas relatam que a falta de uma rede de apoio física pode ser desafiadora.
Gestão do tempo: manter a produtividade em ambientes novos e diferentes nem sempre é fácil. Além disso, é preciso disciplina para não se perder no lazer e esquecer do trabalho.
Conexão de Internet: nem sempre é fácil encontrar uma conexão estável em todos os lugares.
Burocracia: questões legais e de visto podem ser complicadas, então é preciso um planejamento cuidadoso.
Equilíbrio trabalho/vida pessoal: Dificuldade em separar o tempo de trabalho do tempo de lazer.
Nômades digitais famosos
Se você pensa em adotar esse estilo de vida, vale a pena seguir algumas pessoas que já trilharam o caminho antes. Muitos deles compartilham dicas e relatos valiosos. Listamos aqui somente cinco, mas uma busca na Internet vai mostrar que existem muitos mais:
Matheus de Souza: um dos principais nomes do nomadismo digital brasileiro, famoso no LinkedIn e autor do livro “Nômade Digital: um guia para você viver e trabalhar como e onde quiser”.
Laís Schulz: fotógrafa, blogueira e criadora de conteúdo, Laís escreve sobre nomadismo, marketing digital e fotografia, inspirando milhares de pessoas com suas viagens.
Bruno Picinini: criador do site Empreendedor Digital, Bruno vive como nômade digital desde 2010 e é um defensor da liberdade de trabalhar remotamente.
Casal Nômade (Jair e Nayara): viajam desde 2011, transformando a paixão por viagens em um negócio, enquanto exploram o mundo com seu filho Mateus.
Cadu Cassau: criador do canal “Se joga, cara!”, Cadu compartilha suas experiências de viagem e trabalha com criação de conteúdo e produção audiovisual.
E como posso me tornar um nômade digital?
Tornar-se um nômade digital é uma jornada que envolve planejamento cuidadoso e muita capacidade de adaptação. Aqui estão alguns passos para começar:
1. Escolha uma área de atuação: primeiro, identifique uma profissão que permita o trabalho remoto. Acima, já listamos algumas delas.
2. Construa sua presença online: crie um portfólio online ou um site pessoal para mostrar seus serviços e habilidades. Plataformas como LinkedIn, Behance e GitHub são ótimas para isso.
3. Adquira ferramentas de trabalho: certifique-se de ter um laptop confiável, uma boa conexão à internet e softwares necessários para sua área de atuação. Ferramentas de comunicação como Zoom e Slack também são essenciais.
4. Planeje suas finanças: organize-se financeiramente antes de começar. Tenha uma reserva de emergência e planeje seus gastos. Considere abrir uma conta em um banco digital que facilite transações internacionais.
5. Escolha destinos com boa Infraestrutura: pesquise sobre os destinos que oferecem boa infraestrutura para nômades digitais. Países como Tailândia, Indonésia, Portugal, México e Espanha são populares entre nômades digitais.
6. Estabeleça uma rotina produtiva: manter uma rotina é fundamental para a produtividade. Defina horários de trabalho e lazer, e encontre espaços de coworking ou cafés com boa internet para trabalhar.
7. Esteja preparado para se adaptar: a vida de nômade digital pode ser imprevisível. Esteja preparado para lidar com desafios como conexões de internet instáveis, diferenças culturais e questões de visto.
8. Construa uma rede de contatos: participe de comunidades online de nômades digitais, como grupos no Facebook ou fóruns especializados. Networking é importante para encontrar oportunidades de trabalho e apoio.
9. Continue aprendendo: invista em seu desenvolvimento profissional. Faça cursos online, participe de webinars e mantenha-se atualizado com as tendências da sua área.
Como equilibrar trabalho e lazer como um nômade digital?
Um dos desafios dos nômades digitais é equilibrar trabalho e lazer, afinal quem escolhe esse estilo de vida quer aproveitar as viagens pelo mundo, não? Com algumas estratégias, é possível manter uma rotina saudável e produtiva.
1. Estabeleça horários de trabalho e lazer: defina horários específicos para trabalhar e para relaxar. Isso ajuda a criar uma rotina e evita que o trabalho invada seu tempo de lazer. Use ferramentas como calendários digitais para organizar seu dia.
2. Crie um espaço de trabalho dedicado: mesmo que você esteja em um local temporário, tente criar um espaço dedicado ao trabalho. Isso ajuda a separar mentalmente o trabalho do lazer. Pode ser uma mesa em um café, um espaço de coworking ou um canto tranquilo no seu alojamento.
3. Aproveite a flexibilidade: uma das maiores vantagens de ser um nômade digital é a flexibilidade. Aproveite isso para ajustar seu horário de trabalho conforme necessário. Se você quiser explorar uma nova cidade durante o dia, trabalhe à noite, por exemplo.
4. Defina metas claras: estabeleça metas diárias e semanais para manter o foco e a produtividade. Isso ajuda a garantir que você cumpra suas responsabilidades de trabalho sem sacrificar o tempo de lazer.
5. Não sacrifique o descanso: certifique-se de reservar tempo suficiente para descansar e recarregar as energias. O descanso é essencial para manter a produtividade e a saúde mental.
6. Estabeleça limites: comunique claramente seus horários de trabalho e lazer para colegas e clientes. Isso ajuda a evitar interrupções durante seu tempo de descanso e lazer.
7. Cuide do seu bem-estar: pratique atividades físicas regularmente, mantenha uma alimentação saudável e cuide da sua saúde mental. Isso é fundamental para manter o equilíbrio entre trabalho e lazer.
8. Crie uma rotina de descompressão: encontre atividades que ajudem a relaxar após o trabalho, como meditação, leitura ou passeios ao ar livre. Isso ajuda a separar o tempo de trabalho do tempo de lazer e a manter o equilíbrio.
9. Conecte-se com outros nômades digitais: participar de comunidades de nômades digitais pode ser uma ótima maneira de compartilhar experiências e obter apoio. Além disso, você pode encontrar pessoas com interesses semelhantes para explorar novos lugares juntos.
Para terminar
Ser um nômade digital é uma escolha de vida que oferece muita liberdade e oportunidades, mas também exige disciplina e resiliência. E, para os brasileiros que desejam embarcar nessa jornada, a blueTransfer é uma parceira ideal.
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