A China é o principal parceiro comercial do Brasil há mais de uma década, sendo destino de bilhões de dólares em exportações anuais, especialmente nos setores de agronegócio, mineração e commodities. Para empresas brasileiras que desejam expandir sua atuação para o mercado chinês, entender o funcionamento do câmbio, as exigências legais e fiscais, e os riscos envolvidos no negócio é essencial. Neste artigo, damos algumas dicas sobre como estruturar exportações para a China com segurança e como a blueTransfer pode apoiar sua empresa em cada etapa do processo.
Panorama: A importância de exportar para a China para empresas brasileiras
De acordo com dados do ComexStat e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou mais de US$ 94 bilhões para a China em 2024, representando aproximadamente 30% de toda a exportação nacional. Portanto, é o principal mercado para exportadores brasileiros que queiram aumentar seu faturamento. Os principais produtos foram:
1. Soja
2. Minério de ferro
3. Óleo bruto de petróleo
4. Carne bovina
5. Celulose
Ainda assim, cada vez mais empresas de médio porte e do setor de serviços e manufatura buscam acessar o mercado chinês, o que exige atenção redobrada às exigências cambiais e regulatórias envolvidas.
Passo a passo: como estruturar uma exportação para a China
1. Faça um plano de negócio
O primeiro passo é fazer um estudo no mercado chinês frente ao produto que sua empresa deseja exportar. Esse passo é estratégico para determinar a viabilidade da operação, tamanho do mercado, comportamento e expectativas de consumo, possíveis clientes chineses, sazonalidades, devido a produção local na China devido ao clima, concorrentes brasileiros ou estrangeiros, restrições, regulamentos, regras, prazos de transporte, custos envolvidos, margem de lucro, ciclo de produção e de transporte, necessidade de capital, eventuais garantias envolvidas.
Se esse estudo mostra viabilidade econômica, sua empresa deve ficar atenta a outros aspectos importantes, a seguir.
2. Registro no RADAR Siscomex
Antes de exportar, a empresa brasileira precisa estar habilitada no RADAR (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros) da Receita Federal, via portal Siscomex. Isso permite realizar exportações com registro formal.
3. Aprove o comprador da China
Depois de identificar o mercado, volumes, potenciais compradores, viabilidade econômica é imprescindível identificar e homologar as empresas compradoras da China, principalmente se o pagamento for após embarque da mercadoria. Faça pesquisas sobre o comprador, faça contatos, visitas por si ou por consultorias especializadas para homologar o comprador evitando assim, custos desnecessários e mitigando riscos para o seu negócio, antes de fazer as vendas efetivamente. É parecido com a aprovação de um cliente no Brasil, porém, olhando de forma mais ampla já que a China está muito distante do Brasil e um erro pode trazer além de prejuízo, muita dor de cabeça.
4. Faça suas vendas para exportar para a China
Preferencialmente, faça contratos de compra e venda, qualificando sua empresa, a empresa do comprador, contemplando prazos de entrega, formas de entrega e de pagamento, descrição detalhada dos produtos a serem entregues, descreva margens de erro e imperfeições aceitáveis, garantia contra defeitos, responsabilidade do transporte e dos custos envolvidos no transporte, quantidades, valores, responsabilidade, moeda a ser utilizada – que pode ser o renminbi – nome da moeda chinesa – ou o dólar americano, que é frequentemente utilizado também. Detalhe ao máximo o que puder ser detalhado para segurança das Partes.
5. Emissão de documentos obrigatórios
Toda exportação exige:
1. Proforma Invoice ou Commercial InvoiceCertificados e autorizações específicas (a depender do produto)
Esses documentos são fundamentais para liberação aduaneira, além de basearem a liquidação cambial.
6. Recebimento da China na moeda Renminbi/Yuan (CNY) ou Dólar Americano (USD)
Ao negociar com compradores chineses, sua empresa deve definir a moeda da operação (geralmente o dólar americano ou o renminbi, também conhecido como yuan), o prazo de pagamento e os termos logísticos (como FOB, CIF, entre outros). A partir do momento em que o acordo é firmado, todo recebimento em moeda estrangeira precisa ser formalizado por meio de uma operação de câmbio comercial, conforme exigido pelo Banco Central do Brasil. Como curiosidade e informação adicional, um contrato de câmbio em renminbi registrado no BACEN leva o código 795 para moeda, Renminbi Chines para o nome, CNY para a sigla da moeda e o país é o código 01600
Atenção especial ao renminbi/yuan:
Apesar de ser a moeda oficial da China, o renminbi/yuan ainda possui baixa liquidez no mercado financeiro brasileiro. Nem todos os bancos e plataformas de câmbio oferecem acesso ao canal bancário internacional para liquidação nessa moeda, o que pode dificultar ou até inviabilizar o recebimento direto em CNY.
Na blueTransfer, contamos com estrutura e parceiros para dar liquidez ao renminbi/yuan (CNY), oferecendo suporte completo caso sua empresa precise ou opte por receber pagamentos em renminbi/yuan.
Se o comprador chinês exigir pagamento em CNY, é fundamental contar com uma plataforma que tenha acesso a bancos compensadores internacionais e expertise cambial com foco em comércio Brasil-China. Esse diferencial pode evitar custos inesperados, atrasos na liquidação e instabilidades na operação.
Caso o importador decida pagar em dólar americano, a empresa exportadora pode escolher também algumas modalidades para fechamento do câmbio, entre elas:
Câmbio à vista (spot) – conversão imediata dos recursos, caso sua empresa receba um sinal antecipado ao embarque.
Câmbio futuro (via contrato de câmbio) – travar a taxa para liquidação futura. Se sua empresa está vendendo para compradores chineses e deseja garantir a taxa de câmbio no momento da venda do produto, mesmo que o pagamento só venha após o embarque, a trava cambial pode ser sua melhor aliada.
A blueTransfer oferece ambas as opções com taxas competitivas e suporte na documentação exigida, inclusive para operações de câmbio futuro.
Regime fiscal e tributário nas exportações
O Brasil segue a prática mundial de isentar exportações de impostos indiretos. A Constituição de 1988 determina que as exportações não pagam IPI, ICMS, PIS/PASEP e COFINS.
Além disso, o exportador pode usar os créditos desses impostos pagos na compra de insumos. Ou seja, esses tributos não entram no preço final do produto exportado.
Essa isenção ao longo da cadeia de produção é essencial para manter a competitividade. Por isso, é importante que o exportador fique atento às leis sobre o tema.
Riscos e cuidados específicos ao negociar com a China
1. Barreiras não tarifárias: A China impõe controles sanitários, fitossanitários e regulatórios rigorosos. Certificações, testes e registros prévios podem ser exigidos.
2. Controle de câmbio na China: Empresas chinesas podem ter restrições internas para enviar recursos ao exterior, o que exige planejamento na forma de pagamento.
2. Cláusulas contratuais claras: É essencial definir termos de entrega (Incoterms), prazos de pagamento, responsabilidades tributárias e resolução de disputas.
4. Verificação de importadores: A negociação com empresas não homologadas pode resultar em prejuízos. Faça uma pesquisa prévia e a homologação do importador chinês antes de fechar qualquer negociação visando evitar prejuízos.
Como a blueTransfer pode facilitar exportações para a China
Com a blueTransfer, sua empresa conta com uma solução especializada em câmbio para exportação:
• Plataforma digital para simulações, fechamento e acompanhamento de câmbio em tempo real
• Atendimento humano e consultivo, com suporte nos códigos de natureza e documentos exigidos
• Operações programadas para reduzir exposição à variação cambial
• Cadastro 100% online e análise ágil
• Histórico de operações e documentos armazenados na plataforma
• Possibilidade de criar alertas para recebimentos internacionais
• Canal bancário internacional para liquidar a moeda renminbi ou yuan
Exportar para a China pode ser uma excelente oportunidade, mas o sucesso depende de uma operação estruturada, segura e com parceiro sólido para operações de câmbio, legalmente respaldada e com custos sob controle. É isso que a blueTransfer entrega.
Conclusão
Exportar para a China é uma excelente estratégia para empresas brasileiras que buscam escalar seus negócios. No entanto, a operação exige mais do que encontrar compradores: é preciso lidar com normas cambiais do Banco Central, obrigações da Receita Federal, logística internacional e negociação de moeda estrangeira.
Com a blueTransfer, você conta com uma plataforma digital eficiente e com suporte humanizado para que sua empresa exporte com segurança, agilidade e conformidade.
Quer saber como tornar sua próxima exportação mais simples e vantajosa? Fale com um de nossos especialistas.
